Senado aprova reformulação do ensino médio
- 24/06/2024
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (19) a
proposta que reformula o ensino médio no país. O substitutivo apresentado pela senadora
Dorinha Seabra (União-TO) já havia sido aprovado na manhã de hoje na Comissão
de Educação, e voltará para análise da Câmara dos Deputados.
O texto amplia a carga horária mínima total destinada à
formação geral básica, das atuais 1,8 mil horas, a carga será ampliada para 2,4
mil horas. Nos cursos técnicos e profissionais, a formação geral básica poderá
ter carga horária mínima de 2,2 mil horas até 2028. As 200 horas restantes deverão
ser implantadas até 2029.
A carga horária mínima anual do ensino médio passa de 800
para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos. Essa carga poderá ser
ampliada, de forma progressiva, para 1.400 horas, respeitando uma distribuição
de 70% para formação geral básica e 30% para os itinerários formativos.
“Nós queremos e precisamos que a educação pública brasileira
garanta o direito a cada jovem, a cada criança, o direito de aprender, e que
essa formação seja robusta, que permita a continuidade, quer seja na formação
técnico-profissional, quer seja na área acadêmica”, disse a senadora Dorinha.
O texto aprovado prevê a inclusão da língua espanhola como
componente curricular obrigatório, além do inglês. Outros idiomas poderão ser
ofertados em localidades com influências de países cujas línguas oficiais sejam
outras.
Hidrogênio Verde
O Senado também aprovou o texto base do projeto de lei que
estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão
de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor. A
previsão é que os incentivos fiscais para o setor cheguem a R$ 18,3 bilhões.
O projeto cria a política nacional do hidrogênio de baixa
emissão de carbono, que compreende o Programa Nacional do Hidrogênio, o
Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), o
Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio e o Regime Especial de
Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro).
Antes de ir ao Plenário, o tema foi debatido no Senado pela Comissão
Especial do Hidrogênio Verde. O presidente da comissão, senador Cid Gomes (PSB-CE),
destacou que todos os estados brasileiros têm vocação para a produção de
hidrogênio com baixo teor de carbono, com diversas fontes de energia. “O Brasil
pode ser protagonista de vanguarda no mundo nessa questão de hidrogênio com
baixa emissão de carbono”.
Os destaques apresentados pelos senadores ao projeto serão
votados na próxima sessão.
Autoridades
Os senadores aprovaram hoje em plenário a indicação do
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell Marques para
exercer o cargo de corregedor nacional de Justiça no Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), durante o biênio 2024-2026.
O cargo é exercido atualmente pelo ministro Luis Felipe
Salomão, cujo mandato termina neste ano. O corregedor recebe reclamações e
denúncias sobre magistrados e exerce funções de inspeção e correição.
O nome de Antônio Fabrício de Matos Gonçalves para o cargo
de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) também foi aprovado.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele ocupará a vaga aberta
com a aposentadoria do ministro Emmanoel Pereira.
Também foram aprovados dois nomes para o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Alexandre Barreto de Souza teve seu
nome aprovado para a recondução ao cargo de superintendente-geral do Conselho e
advogado André Luís Macagnan Freire para o cargo de procurador-chefe da
Procuradoria Federal Especializada do Cade.
EBC | Foto: Studio Formatura/Galois
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários