Paraná: fim do vazio sanitário e início do plantio de soja
- 13/08/2024
Agricultores paranaenses estão de olho no calendário para
iniciar o plantio da soja. Para isso, eles precisam obedecer ao período de
vazio sanitário no estado, que começou em 2 de junho e se estende até o dia 31
de agosto. Ao contrário das safras anteriores, em que o vazio sanitário tinha
uma data única para todas as regiões do Paraná, este ano o período foi dividido
em três regiões. A medida fitossanitária, determinada pelo Ministério da
Agricultura e Pecuária, é importante para prevenir a disseminação do fungo
causador da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), uma das mais severas
doenças que afetam a cultura da soja.
Por um período mínimo de 90 dias, os agricultores não podem
plantar nem manter plantas de soja vivas em qualquer fase de desenvolvimento
nas áreas determinadas. Esta pausa no plantio ajuda a diminuir a quantidade de
esporos do fungo no ambiente, reduzindo assim a probabilidade de infecção nas
plantações futuras. Além disso, a medida permite que os agricultores planejem
melhor o uso de fungicidas, economizando recursos e minimizando impactos
ambientais.
A colaboração dos produtores é fundamental para o sucesso
dessa iniciativa, que visa proteger a saúde das lavouras e garantir a
produtividade da soja no estado. O calendário de semeadura é adotado como
medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. Para a
definição das datas, o MAPA considerou as condições climáticas de cada região.
Região 1: Inclui os municípios do Sul, Leste, Campos Gerais
e Litoral paranaense. Nessa área, o vazio sanitário ocorre entre 21 de junho e
19 de setembro. A semeadura poderá ser realizada de 20 de setembro de 2024 a 18
de janeiro de 2025.
Região 2: Compreende a maioria dos municípios localizados no
Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná. O vazio sanitário nesta região
começa mais cedo, a partir de 2 de junho, e se estende até 31 de agosto. O
plantio da soja será liberado a partir de 1º de setembro de 2024 e deve ser
concluído até 30 de dezembro.
Região 3: Abrange os municípios do Sudoeste do Estado. O
vazio sanitário nesta região inicia em 22 de junho e vai até 20 de setembro. A
semeadura poderá ocorrer entre 21 de setembro de 2024 e 19 de janeiro de 2025.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) reforça
a importância de todos os agricultores seguirem essas diretrizes para proteger
suas lavouras e garantir uma produção saudável e produtiva. O cumprimento
dessas regras é fundamental para minimizar os custos e preservar a
produtividade das lavouras.
As projeções do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA) estimam que a produção global de soja para o ciclo 2024/25
aumente 6,7% em relação à campanha anterior, passando de 395,4 para 421,9
milhões de toneladas. Para o Brasil, as estimativas são ainda mais otimistas,
com previsão de aumento de 10,5% na colheita da soja, o que faria a produção atingir
169 milhões de toneladas.
Fernanda Rodrigues da Silva, gerente da Loc Solution,
empresa que detém a marca Motomco de aparelhos medidores de umidade, informou
que são muito boas as expectativas para a próxima safra. O passo inicial da
empresa, segundo ela, é fazer um planejamento estratégico de vendas e locação
de aparelhos medidores de umidade e acessórios para a safra de verão. "Com
esse planejamento, conseguimos ter clareza sobre quais metas podem ser
atingidas com maior objetividade pela empresa no próximo ano. Além disso, vamos
continuar oferecendo aos clientes os melhores aparelhos do mercado",
afirma Fernanda.
Os medidores de umidade de grãos são ferramentas
indispensáveis para agricultores durante a safra, bem como para cooperativas,
tradings e armazéns que compram grãos. “Esses dispositivos possibilitam que os
produtores determinem o teor de umidade dos grãos, ajudando a prevenir perdas
durante a colheita. A precisão desses medidores é fundamental para assegurar a
qualidade e para contribuir com a eficiência econômica da produção agrícola”,
destaca Fernanda.
Segundo ela, o teor de umidade da semente é um fator
determinante para o sucesso do plantio e desenvolvimento subsequente da planta.
Manter o teor de umidade entre 12% e 13% não só favorece uma germinação
uniforme e vigorosa, mas também minimiza o risco de danos mecânicos que podem
comprometer a integridade do grão.
AgroLink | Foto: Pixabay
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